O APOCALIPSE E A IGREJA EM ÉFESO (3ª E ULTIMA PARTE)



        O CONSELHO PARA A IGREJA DE ÉFESO
3ª parte

É impossível haver cristianismo se não houver o amor. Mas a igreja em Éfeso Embora rica em obras se esqueceu de que o amor ao próximo e a Deus é a mais elevada de todas as obras. A base de todo cristianismo é o amor verdadeiro, sincero e duradouro. Um amor que se renova a cada amanhecer. A igreja também deve lembrar que a “Noiva” apaixonada sempre espera com paciência a vinda do Noivo.  A Igreja não deve esquecer a promessa que Cristo fez: “Eu voltarei”.  Esquecer o primeiro amor é queda espiritual; urgentemente devemos voltar ao primeiro amor.

      Jesus dá alguns conselhos para a igreja de Éfesos; Lembrar-se de onde caiu; arrepender-se e voltar a prática das primeiras obras. Voltar ao primeiro amor não significa voltar à imaturidade espiritual, mas o ardor do início de nossa fé. Lembre-se de onde caiu. Volte imediatamente ao primeiro amor. A igreja onde o amor esfriou precisa de arrependimento. Se não devotarmos a Cristo o primeiro amor, como haveremos de ansiar por sua volta?

      Talvez, o anjo de Éfeso já não almejasse o retorno do Senhor Jesus.
As muitas atividades acabara por matar o primeiro amor e o segundo também. Era urgente e necessário, pois não somente amar a Cristo como antes, como também amar a sua vinda como nunca.
       A igreja em Éfeso precisava voltar à prática do amor. Era uma igreja rica em obras e pobre em amor. Não é diferente de muitas igrejas de hoje. Nenhuma obra é completa e perfeita sem o amor Amar é a mais elevada das obras. Não há obra tão elevada como amar a Deus: ”Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.(Dt 6.5). Você ainda ama o Cristo como Ele tem de ser amado? Ou será necessário que o próprio Senhor pergunte-lhe: “amas-me mais do que estes”? (Jo 21.15).

      Precisamos praticar a intimidade com Ele, precisamos nos render ao Pai novamente, sentir a paixão desenfreada por Cristo. Isso é voltar á prática das primeiras obras. A Chama do primeiro amor deve arder constantemente dentro de nós.
A lâmpada nunca deve apagar.Entendo que é necessário fazermos a obra de Deus.
Mas Deus deve ser amado mais do que a obra. Se não conseguirmos amar a Deus e o próximo mais do que ama a obra, então se deve tomar cuidado porque já se tornou puro egoísmo e está se buscando reconhecimento dos feitos aqui e agora.

    A RECOMPENSA
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus” (v.7).
      Cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiver feito. Mesmo que seus motivos sejam sinceros, e mesmo que aquilo que está sendo feito seja correto, tem te haver a aprovação divina. Seremos vitoriosos se primeiramente crermos em Cristo, segui-lo e ser fiel à sua palavra.  Os vencedores são aqueles que perseveram no amor; que, mediante a graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentaram o novo nascimento e permanecem constantes na vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás.
       Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Existiam duas arvores no jardim do Édem – a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal (ver Gn 2.9). Comer da árvore da vida traria a vida eterna com Deus, e comer da árvore da ciência traria o entendimento do bem e do mal.
Quando Adão e Eva comeram da árvore da ciência do bem e do mal, desobedeceram a ordem divina. Portanto, foram expulsos do Édem e proibidos de comer da árvore da vida. No final, o mal será destruído e os crentes serão conduzidos a um paraíso restaurado. Na nova terra, todos comerão da árvore da vida e viverão eternamente.

O FIM DA CIDADE DE ÉFESO
Éfeso representa a Igreja entre os anos 30 a 100 da Era contemporânea. Este foi o primeiro período da história do cristianismo. Corresponde à época dos apóstolos.
Dedicavam-se à sã doutrina de Cristo.Um cristianismo puro, fervoroso e cheio de amor. Mas que se esfriou com o tempo.

      Éfeso representa os cristãos e as igrejas que se esfriaram na fé em Jesus. Uma igreja que perdeu a direção passou a desobedecer a Deus não fazendo Sua vontade. Por muito tempo Éfeso se manteve em pé; Deus estava-lhe dando uma oportunidade para arrependimento. A História nos conta que a cidade foi destruída em 263 d.C. pelos godos, uma tribo germânica e, apesar de ter sido reconstruída, começa a entrar em declínio e a partir do 430, a cidade entrou em período de declínio, devido a surtos descontrolados de malária. Suas excelentes esculturas foram removidas para outros lugares, principalmente para Constantinopla.

      No ano de 614, a cidade foi parcialmente destruída por um terremoto.
Entre 630 e 640 d.C. Éfeso caiu nas mãos dos turcos que retiraram dali os habitantes que ali restaram. A cidade mesmo foi destruída em 1403 d.C. por Timur-Lenk. Tanto a igreja como a cidade foram destruídas; a única coisa que restou foi um lugar que hoje é chamado de  “Adscha Solcuk” surgido de “Hagios Theologos”, que quer dizer “santo teólogo”, lembrando o apóstolo João, “o teólogo”, que teria sido sepultado lá ironicamente em honra a memória de João e não de Éfeso. Existem bem poucos moradores neste local e todos são da fé islâmica.

DE VOLTA AO PRIMEIRO AMOR
      Vamos compreender melhor o significado do primeiro amor quando se trata da Noiva de Cristo. Viver o primeiro amor é sentir a constante alegria de se estar salvo por Cristo; e é essa alegria que nos impulsiona a declarar toda nossa afeição a Deus. O Salmista Davi depois de ser confrontado pelo profeta Natã, reconhece seu pecado de adultério com Bate-Seba e arrependido assim declara: - “Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário” (Salmos 51:12).

      Davi concluiu que seu maior desejo na vida é reconquistar a santidade por meio da purificação que vem do Senhor. Só assim podemos alcançar e usufruir da verdadeira alegria, essa alegria não vem da educação pessoal ou da situação financeira de cada um, mas vem de um novo coração gerado em nós por Jesus Cristo.
      “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” (I Pedro 1:23).

      Que maravilhoso é quando apaixonados por Cristo, permitimos ser tocados por Sua palavra e transformados por um novo coração. Um coração lavado, remido e transformado por Jesus Cristo tem o poder do “primeiro amor”. Que poder é esse? O poder de depender única e exclusivamente de Jesus Cristo através da fé. O poder de se levantar depois de uma queda; o poder de dar a outra face; o poder do amor ao próximo, de dar sem receber. É isso que a igreja deve ser; viver e pregar; somos a Noiva de Cristo, pertencemos a ele; vivamos para Ele. A presença de Jesus em nós deve ser o motivo de toda alegria, nada deverá tirar a verdadeira alegria de servir e sentir a Sua presença. 

O profeta Habacuque aprendeu a depender diariamente de Deus mediante a uma fé confiante e inabalável, a confiar nas promessas e Providência Divina.
Ele declara que, mesmo que Yahweh enviasse sofrimento e perdas, ainda se regozijaria no Deus Salvador.
       “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação” (Habac 3:17,18).

      Quando nada mais fizer sentido, e as dificuldades parecerem maiores do que você pode suportar, lembre-se de que o Senhor é aquele que nos dá forças para prosseguir. O poder de seguirmos adiante vem do verdadeiro Amor.
Tudo que fizermos tem uma única razão: O Amor de Cristo em nós deve ser o motivo genuíno do nosso esforço; das lutas e conquistas. No primeiro amor tudo é novidade, lindo e maravilhoso sempre! Não há defeitos, censuras ou críticas. O tempo não pode apagar a chama do amor perfeito. Nem as adversidades, nem os ventos contrários; nada pode enfraquecer as forças de um grande amor. Temos um exemplo no livro de Cantares; a intensidade do amor entre o Noivo com a Sulamita nunca diminuiu. Havia confiança mutua entre os conjugues, não tinham segredo um para o outro. 

      O livro de Cantares é uma alegoria do amor de Cristo por sua igreja. 
Ele nos amou primeiro, se entregou por sua igreja, deu sua vida por cada um de nós; mas como diz o profeta Isaias: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:3). 

       Jesus fez tudo por nós, se humilhou, se entregou por amor à sua igreja. Infelizmente a igreja contemporânea esqueceu o seu Noivo. Hoje não se houve mais as mensagens que lembra a volta de Cristo. A Noiva se tornou fria, insensível, adultera; a Noiva perdeu seu amor pelo Noivo. “Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído” (Isaías 29:13). 

      Quantas adorações fingidas, profissionais de púlpitos opulentos, líderes mercenários que amam a si próprio e ao dinheiro, negociantes de almas, desobedientes e falsos.  Muitos se tornaram adoradores da religião e não de Jesus. Em muitas igrejas a religião tornou-se uma rotina. A igreja que deveria ser de Cristo e esperar a Sua volta se tornou rotineira quanto à adoração e negligente quanto ao amor e devoção ao Noivo.

   Devemos ser obediente e adorá-lo com sinceridade e honestidade no coração. Devemos cultivar o amor pelos irmãos afinal somos o corpo de Cristo. Uma igreja apaixonada ainda ora, sempre adora em espírito e em verdade. Uma igreja apaixonada não faz negócio com o pecado, não faz aliança com o mundo, uma igreja apaixonada é sofredora por amor ao verdadeiro evangelho. Como igreja, somos a Noiva de Cristo e Ele virá, pode ter certeza, acreditem ou não, Jesus voltará.


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